Com a palavra… o autor Emanuel Jacobina

“Estou muito feliz por estar aqui. Esse é um programa que acompanho desde o nascedouro, e acho que é um dos melhores elencos que já tivemos”. Nesse clima, Emanuel Jacobina retorna à Malhação para a mais nova temporada, o que o deixa empolgadíssimo. “Acho que Malhação é o único programa da TV aberta que trata do universo do jovem brasileiro. E enquanto for o único, vamos ser os protagonistas no assunto”. Além de ter sido um dos criadores da novela, o autor, que já acumula em seu currículo grandes sucessos como “Coração de Estudante”, “Kubanacan”, “Beleza Pura”, “Sai de Baixo”, “Os Trapalhões” e “Casseta & Planeta, Urgente!”, fala também sobre a importância que o folhetim traz para público nas discussões sociais. “Essa é a essência da Malhação. Acho que essa questão social acontece desde o início do programa, em 1995, depois se perdeu um pouco e voltou a retomar o assunto por volta de 1999, já na época do colégio Múltipla Escolha. Isso é parte da linguagem do programa, que faz com que o jovem se identifique mais com cada tribo”. O autor revela que tem acompanhado o processo de concepção da nova temporada bem de perto. “Além do elenco, acompanho tudo o que está sendo feito para essa temporada. Depois de colocar o texto no papel, tenho assistido às cenas, olhado cenário, e tudo tem me levado a crer que essa temporada será ótima. É muito importante para o programa retomar a credibilidade, no sentido de conseguir atingir novamente as expectativas do público. Retratar com realismo o que o jovem brasileiro vive. O investimento que a Rede Globo está fazendo esse ano, nessa temporada, me deixa muito tranquilo”. Com relação às gravações, que estão acontecendo em sua maioria fora da Central Globo de Produção (o Projac), Emanuel comenta: “Existe uma ordem do caos que é impossível de ser reproduzida no estúdio ou na cidade cenográfica. Essa ordem é a seguinte: você vai a uma determinada região no subúrbio e vê que o muro está sujo. Isso é praticamente impossível de se conseguir reproduzir artificialmente. O chão também, por exemplo, fica cheio de folhas secas que você não vai conseguir reproduzir em uma cidade cenográfica. Uma menina que passa com um shortinho jeans, com o umbigo de fora e com um tipo de celulite que você não vai conseguir reproduzir com luz… Por isso as locações externas”. Sobre o rapper e ativista social, MV Bill, Jacobina é só elogios: “Ele encarna um dos professores do colégio, e acho que seu papel tem uma certa responsabilidade, porque ele é um ícone marcante para a juventude atual”. “É um prazer trabalhar novamente com o Ricardo (Waddington). Ele tem muita sensibilidade e inteligência em relação ao jovem. O Leonardo Nogueira também. Ele [Leonardo] está demonstrando ser de um talento incrível, inenarrável. O Adriano [diretor], idem… Isso só me deixa cada vez mais animado!”. “Essa nova temporada vai trazer mais intensidade nas relações. Histórias mais dramáticas e ao mesmo tempo mais engraçadas. Vamos mostrar esse tratamento mais realista de uma grande metrópole brasileira, com um elenco talentosíssimo e bonito”.